O Sistema de Hidrante é utilizado pelos brigadistas e pelos bombeiros militares e civis.
Em uma edificação, é utilizado um sistema fixo, ou seja, tem reserva técnica de água e tubulações que a canalizam até os pontos estratégicos para o combate ao incêndio, os brigadistas utilizam destes equipamentos até a chegada do bombeiro militar, onde toda a operação de contenção é assumida pelo Corpo de Bombeiros.
O que é uma reserva técnica e como ela é dimensionada?
A reserva técnica é um espaço destinado somente para armazenar água para o combate a incêndio, e não pode ser utilizado para outros fins. Ela pode ser subterrânea, no nível do solo ou elevada. Pode ser construído em alvenaria, concreto armado, estrutura metálica, polietileno ou fibra. Mas é importante citar que se for de polietileno ou fibra ela deve ficar em espaço compartimentado, para que em caso de incêndio na edificação, a temperatura não atinja a estrutura da RTI (Reserva de Técnica de Incêndio), o volume de água na RTI é de acordo com a carga de incêndio de cada edificação.
Em quais locais devo instalar os hidrantes?
Os hidrantes devem ser instalados em pontos específicos. Em cada estado do Brasil, existe um decreto de proteção e combate a incêndio do qual define onde devemos dimensionar os pontos de hidrantes. No caso do estado de São Paulo, todas as edificações com mais de 750m², descontando as áreas molhadas, é necessário a instalação do sistema de proteção e combate a incêndio por hidrantes, sendo o primeiro a menos de 5 metros da entrada principal da edificação, e o outro, hidrante de recalque, nos demais pontos de combate, que devem ficar em até 30 metros de distância do hidrante principal – o da entrada da edificação, ou caso tenha uma outra porta na edificação que dê acesso para o segundo hidrante -, sendo que as mangueiras que ter no máximo 30 metros e possam se encontrar, atingindo todas as áreas, para executar o combate de forma integrada. Caso isso não aconteça, é necessário alocar outros pontos de hidrantes até que todas as áreas sejam alcançadas pelas mangueiras de combate a incêndio. Em cada piso da edificação dever ter no mínimo um ponto de hidrante.
Quais os componentes dos hidrantes?
Veja quais são os acessórios necessários para cada abrigo de hidrantes e para que eles servem:
– Registro globo angular: é uma válvula específica para os sistemas de hidrantes, nela é acoplada uma conexão chamada adaptador Storz;
– Adaptador Storz: é a conexão que interliga o registro globo angular, a rosca com a mangueira de incêndio com o acoplamento utilizado pelo bombeiro.
– Mangueira de incêndio: é um equipamento flexível confeccionado de borracha resistente ao fogo e revertida por malha ou não. São classificadas por 5 tipos, sendo eles:
Tipo 1: Destina-se a edifícios de ocupação residencial.
Tipo 2: Destina-se a edifícios comerciais e industriais ou Corpo de Bombeiros.
Tipo 3: Destina-se às áreas navais e industriais ou Corpo de Bombeiros.
Tipo 4: Destina-se à área industrial, na qual é desejável uma maior resistência à abrasão.
Tipo 5: Destina-se à área industrial, na qual é desejável uma alta resistência à abrasão e superfícies quentes.
– Chave Storz: é utilizado para apertar e soltar as conexões tanto nas mangueiras com o registro globo ou com o esguicho.
– Esguicho: é o equipamento que é instalado na ponta das mangueiras, que em alguns Estados podem ser tipo de jato sólido ou regulável. No estado de São Paulo, para os projetos aprovados após Março de 2011, só podem ser utilizados os de jato regulável como cortina de água para a proteção do bombeiro, ou como jato regulado para sólido para um maior alcance de água no combate.
– Tampão Storz: é um equipamento instalado nos registros globos que estão fora do abrigo de mangueira e no registro de recalque. Este equipamento é utilizado para evitar vazamento dos hidrantes e para a proteção contra a invasão de insetos nas tubulações.
Como o sistema de hidrante é acionados?
No sistema de hidrante, os hidrantes podem ser acionados de três maneiras, sendo por fluxostato, pressostato e acionamento remoto:
– Fluxostato é um equipamento utilizado quando a reserva técnica de incêndio está instalada em um nível superior a todos os hidrantes da edificação. Quando um hidrante é aberto, o fluxo da água fecha um contato e manda um sinal para o painel de comando ligar o motor da bomba de incêndio.
– Pressostato é um equipamento que faz o controle da pressão da rede do hidrante. Quando um hidrante é aberto e a pressão cai, é enviado um contato para o painel e ele liga o motor da bomba jóquei, caso a bomba jóquei não atenda a pressão necessária para restabelecer a pressão da rede de hidrante, é enviado um outro sinal para a bomba principal que é a bomba dimensionada por cálculo de pressão e vazão, para atender o combate a incêndio de acordo com a carga de incêndio de cada edificação.
– Acionamento remoto é um sistema em que é instalado botoeiras, próximos aos pontos de hidrantes e montada uma infraestrutura em eletroduto metálico até o painel de comando da bomba de incêndio. Em caso de incêndio ou de teste do sistema, basta acionar a botoeira para que o motor seja ligado ou desligado.
Saiba mais
Ainda no sistema de hidrante, a moto-bomba de incêndio é responsável por transportar água da reserva técnica até o foco do incêndio, através das tubulações e das mangueiras, onde o bombeiro ou brigadista executa o combate ao incêndio. Os motores das bombas de incêndio podem ser elétricos ou a combustão e a pressão e vazão das bombas é calculado de acordo com a carga de incêndio de cada edificação, através do decreto, instruções técnicas e tabela é possível fazer o cálculo e determinar qual é a pressão e vazão necessária para combater o incêndio em caso de um sinistro.
Bomba Jóquei é uma moto-bomba de menor capacidade que é responsável por deixar a rede de hidrante pressurizada, sem prejudicar a bomba principal e ser ligada somente em teste ou para o uso efetivo.
Planos de manutenção de sistema de hidrante e de combate a incêndios
Quando da necessidade de manutenção, empresas especializadas oferecem serviços completos para que não ocorra nenhum problema na hora de combater o incêndio. A Combat Fire oferece a seus clientes planos de manutenções preventivas de forma a testar e operar regularmente seus equipamentos, bem como, atua em situações críticas que envolvem intervenções corretivas, buscando o mais alto padrão de atendimento no menor tempo possível.